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RECLUSO POR OPÇÃO...
Vejo-te navegar por mares longínquos
Perdido por entre ondas de um penar constante Mergulhado em profundas angústias Deixando-se vencer por bruxos e monstros Entregue as tempestades sem lutar... Numa manhã de sol, Depois te tanto amar, vivermos horas de paixão, Deixaste terra firme, lançaste velas!... Ficando à traz um mundo que era teu Um mundo que para ti abria-se em verdade Ofertando-te uma vida de esperança Esquecestes o bom do que foi vivido Do que te foi entregue com carinho Incondicionalmente, sem cobranças... Emoções de um grande amor!... Uma rede onde deitaria teu corpo cansado Água morna para lavar tuas feridas... Um poncho à te cobrir do frio. Nada te livrou do sofrimento!... Das angústias do momento... Sumiste no horizonte, em meio à neblina Sem importar com o que deixava Uma paixão a querer ser compartilhada!... Antes rumaste ao negro e escuro sul Por terras geladas, impessoais... Fostes velejar por negras águas Aportando em ilhas lamacentas Deixando-se aprisionar por fantasmas, Angústias e tristezas, remoídas na solidão!... Recluso por vontade própria... Quisera que tu olhasse para traz, Vislumbrasse o que deixaste!... Antes que o vento que vem do norte Destruísse o que aqui ficou Se tardar e um dia queiras voltar, Pode ser que nada venhas a encontrar... Do que era belo reste apenas a destruição... Escombros, restos deixados por um furacão!... Furacão que a dor levanta fazendo vítimas Entenda!... Após um vendavál... Sobre os escombros não adiantarão lágrimas O que foi tombado pelo abandono e desamor, A vida não mais retornará... Estar atento é necessário!... A cegueira nos faz perder belas oportunidades de conquistar a felicidade tão sonhada... Santo André SP-BR 16.05.2005
CCristal
Enviado por CCristal em 17/05/2005
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