ANIS DE ROMÃ...
Princips Os mares...os mares...serão minha única companhia Lá sufocarei minhas lágrimas por perder-te... Como virar esta página de minha vida Se lhe sou verso? Os ares foram agredidos; Destruíram meus mares, Alcançaram as estrelas que eu namorava... Talvez elas caiam... Caindo... serão elas o brilho de pequenas partículas solitárias capaz de guiar o novo amanhecer... Ah amor... Envoltório serei à tua delicadeza, pois que és sensível e indefesa, A camada rústica para que não te quebrem, nem risquem, nem te arranhem. Riscaram-te; arranharam-te; Querem quebrar-te! Tu que me és o jardim e dele minhas flores; Tu que és minha esposa, minha criança e disto meu encanto; Que és minha sabedoria, meus livros e deles o prazer de minha vida; Tu que és todo o meu bem e meu amor, talvez, serás também o meu pesadelo. Princips 01/00 ***** ANIS & MAÇÃ... Carmen Cristal O Universo cala ante as lágrimas! Não há alento para meus males, Não há calor, apenas dor... Não há cores, apenas o cinza, Lamento diante da Natureza morta... Gigante!...Toma para ti o que ainda resta, Sufoca nas tuas profundezas O grito que me rasga o peito... Oceano companheiro!... Receba em ti este corpo cansado... Abraça a desesperança! Rimas violentadas pelo desamor, Afoga os versos que foram vida, Cantares destruídos pela indiferença, Noites sem luar, dias sem calor... Não há mais caminhos!... Perdida, sou a desilusão... Estrela cadente, carente, sem rumo. Na tua ausência, morre a Poesia, Desfaz-se em enganos sonhos azuis... Baniste da minha vida o sorriso, As feições serenas do que seria paz, Levando contigo o perfume das flores, Os sabores do outono!... Silencia o canto dos pássaros... Ao perder-te não sou mais eu!... Tu, que serias meu universo, Seguiu o rastro de um cometa, Deixando atrás de si desolação, O desalento de um coração... Caídos ao longo do corpo Os braços que te abraçaram; Seca a boca que te beijou, Sem vida o corpo que tanto te amou. Condenada!... Do tudo sou mais... Tu, fonte de inspiração, fruto do paraíso!... Cílios velados do olhar criança, Disperso na ilusão de tantas falas, Pergaminho tocado por tantas mãos, Reina esquecido da essência... Chega a maré encobrindo as areias brancas, Ondas que apagarão as marcas do meu amor; Por escolha ficas com o ouro dos tolos, Tu que poderias ter sido vida, por novos rumos, Meu amor!...Meu bem querer, presente algoz... Santo André SP-BR CCristal
Enviado por CCristal em 20/08/2009
Alterado em 20/08/2009 Copyright © 2009. Todos os direitos reservados. Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor. |