NUDEZ DOS SENTIMENTOS!...
Enquanto vives o sonho, eu Mergulho no caos... De nada e de tudo, Me afogo na tristeza, na falta de luz... Sem feitos nem efeitos, Nascida de ilusões mortas, Trago na boca o sabor da desilusão! A alma quebrada pelo desamor... Faces ou faces!... Fases e graus... Enquanto deitas em redes de amor, Vibrante e firme acordas na poesia, Povoando os sonhos do Criador, eu, Andante de sonhos desfeitos, Caminho sem rumo, sem esperança... Sou o que sou, o que sempre fui!.... Teimosa de vida, errante, pelas vias Povoada de versos de aprendiz, Que insistem em nascer do tormento Do coração desiludido, descrente... Se nada te diz nada!... A mim, o vazio assusta, a solidão, Desgraçadamente, me faz chorar; Me faz ver e, nem assim, acreditar: Acreditar que tudo foi engano... Como esqueceste os dias de inverno Em que, com carinho, aqueci tuas mãos... Agasalhei tu’alma, te guardei da solidão; Vigiei teu sono povoado de medos!... E para ti, contra o mundo, Entreguei tudo de mim: nada guardei... Tudo, apenas, por te ver sorrir!... Hoje, sobre o turbilhão das minhas incertezas, Cantas as tuas calmarias, ostentas as vozes do coração, Enquanto o meu sangra no silêncio das insônias... Se despedaça no turbilhão das ingratidões. Meu céu não tem mais estrelas, Não tenho mundo, morreu a inspiração. Não tenho nem mais poesia, Não tenho rimas nem alegrias... Nem a ironia me restou direito. Minha realidade é dura! Para a minha estrada?... Só a noite escura, A madrugada é a lágrima sem consolo, Não restou esperança, Um hoje sem amanhã... SP-Brasil 16/03/2013 CCristal
Enviado por CCristal em 18/03/2013
Alterado em 01/07/2015 |