LOUCURAS POÉTICAS!...
Carmen Cristal
Meu Deus!...
Como estou cansada,
Exaurida nas minhas forças,
Querendo desistir!...
Desistir de tudo!...
Desistir até de mim!...
Que foi?...
Por que me olhas assim?
Me condenas? ...
E, por que não posso?...
Que te importa
Se eu pecar contra mim?
Vivo a pior das solidões!...
Vivo a solidão dos atribulados...
Ao redor, uma multidão,
Que, em base, nem percebe que existo.
E tu!?... Só me percebes quando,
Sarcasticamente, ou sei lá!...
Por desejos, me queres!
Maldito esse teu querer egoísta...
Que sejam essas as minhas verdades,
Apelo e grito minhas dores,
Esparramo meus dissabores,
Deixo que minh’alma se desfaça em ais...
És tu, sim!... Por instantes,
Olhas na minha direção, me procura,
Tem-se a ilusão que me percebes,
Que consegues me ver...
Mas são só instantes!
Logo, continuarás em função de ti!...
Então, não me aponte,
Deixa-me em paz,
Deixa que eu vá,
Que morra para esse mundo!...
Desgraçadamente,
Um mundo maldito que só sabe
Ferir e machucar inocentes,
Mundo demente,
Vivente de mentiras e vilanias,
Mundo dos interesses pessoais...
Meu Deus!...
Como estou cansada,
Exaurida das minhas forças!!...
(Cala-te, maldita!
Maldita consciência que exige tanto de mim!!...)
Não me acuse, deixa que eu divague,
Divagar para me manter conciente!...
Reconduzindo-me à condição humana
Nas rimas tortas do meu cantar!...
Não me acuse,
são minhas loucuras poéticas,
Onde apelo e grito minhas dores,
Para que de tanta tristeza,
Tanta dor e desilusão,
Não enlouqueça de vez...
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